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O que pode ser reciclado

Saiba mais sobre o que pode e o que não pode ser reciclado.

Papel

Os papéis podem ser classificados da seguinte maneira:

– papéis de escrever- cadernos, papéis de escritório em geral;
– papéis de impressão – jornais, revistas;
– papéis de embalagem – papéis de embrulho em geral, papel de seda, etc.;
– papéis para fins sanitários – papéis higiênicos, papel toalha, guardanapos, lenços de papel;
– cartões e cartolinas -caixas de papelão e cartolinas em geral;
– papéis especiais – papel kraft, papel heliográfico, papel filtrante, papel de desenho.

NÃO SERVEM PARA RECICLAR:

– papel vegetal;
– papel celofane;
– papéis encerados ou impregnados com substâncias impermeáveis;
– papel-carbono;
– papéis sanitários usados;
– papéis sujos, engordurados ou contaminados com alguma substância nociva à saúde;
– papéis revestidos com algum tipo de parafina ou silicone;
– fotografias;
– fitas adesivas e etiquetas adesivas.

Os papéis recobertos com outro tipo de material, como plástico (papéis plastificados) ou alumínio (papéis laminados) são de difícil reaproveitamento, portanto são também considerados não-recicláveis. Um caso distinto, com relação a papéis em várias camadas, é o das embalagens cartonadas tipo longa vida, cujo material é formado por três tipos diferentes de matérias-primas (papel, alumínio e plástico). Sua reciclagem é possível, porém dificultada pela existência de poucas plantas industriais que atuam no reprocessamento e pelas condições impostas por essas empresas para sua coleta (exige-se que o material esteja limpo, prensado e em grande tonelagem).

A reciclagem do papel apresenta muitas vantagens, como a preservação de recursos naturais, economia de água e energia e menor custo da matéria-prima. A manutenção das florestas naturais, com a redução de áreas reservadas ao plantio de espécies próprias para a produção de papel é um importante fator de manutenção do equilíbrio ecológico do planeta e redução dos poluentes atmosféricos. Por outro lado, a qualidade do papel produzido com aparas é inferior à do material produzido com matéria-prima virgem, desvantagem que tem sido paulatinamente solucionada, por conta das inovações tecnológicas.

O Brasil reciclou, no ano de 2011, cerca de 45% do papel existente (dados BRACELPA). Considerando-se que uma parcela do papel não é mesmo reciclável e que parte desse material é utilizado para fins não descartáveis (como livros e documentos, por exemplo), essa porcentagem é muito significativa.

O papel é um material de fácil encaminhamento para reciclagem, quando segregado em programas de coleta seletiva, pois tem sido sempre possível encontrar um catador autônomo, uma instituição beneficente ou mesmo um sucateiro interessado em retirá-lo. Isso se deve ao interesse econômico da indústria produtora de papel em absorver todo o material coletado, pois a adição de aparas reduz sensivelmente o custo de produção.

O papel apresenta também a possibilidade de reciclagem artesanal, em pequenas oficinas, processo que não exige equipamentos caros nem complexos e pode funcionar como uma laborterapia. Por esse motivo, existem grupos, principalmente ligados a entidades de auxílio a populações carentes, ou portadores de necessidades especiais, produzindo artigos de papelaria feitos artesanalmente, o que resulta em uma importante fonte de recursos econômicos e de emprego para esses indivíduos. Vale a pena, se você precisar desse tipo de itens, procurar ajudar essas instituições, comprando seus produtos.

Plásticos

O plástico é um material proveniente de resinas geralmente sintéticas e derivadas do petróleo. Tecnicamente é possível produzir plásticos a partir de plantas, – como milho, por exemplo -, porém até o momento nenhuma das opções apresentadas tem viabilidade econômica. Cabe discutir também se é correto se utilizar grandes áreas de plantio para a produção de plásticos, ao invés de alimentos para a população.

Ambientalmente o uso do plástico é considerado problemático pela sua alta durabilidade (estima-se que a degradação natural do plástico necessita de muitos séculos para ocorrer) e grande volume na composição total do lixo (que vem aumentando assustadoramente).

No município de São Paulo, os plásticos são o segundo elemento mais encontrado no lixo , correspondendo a cerca de 23% do peso total dos resíduos encaminhados para os aterros sanitários, o que significa uma parcela muito importante, considerando-se que o plástico é um elemento extremamente leve e de grande volume.

Segundo a WWF (2019), o Brasil é o 4º maior produtor de lixo plástico no mundo. Quando depositados em lixões, os plásticos apresentam risco pela queima indevida e sem controle, que pode resultar em emanações tóxicas na atmosfera. Quando colocado em aterros sanitários, esse material dificulta a compactação do material e prejudica a decomposição dos elementos biologicamente degradáveis.

Por serem descartados incorretamente, por sua durabilidade e pelo pouco peso, os plásticos têm criado um grave problema ambiental, formando 5 grandes “ilhas” de lixo plástico nos oceanos. Essas enormes ilhas plásticas  têm causado mortandade de animais marinhos, alteração do habitat natural de muitas espécies e degradação ambiental de grandes proporções.

A reciclagem do plástico é dificultada pela existência de inúmeros tipos diferentes de resinas plásticas que são incompatíveis entre si e não podem ser misturadas no processo de reciclagem, sob pena de perderem suas qualidades de flexibilidade, resistência ou transparência, entre outras. Por esse motivo, os recicladores de plásticos utilizam-se preferencialmente de matéria-prima advinda de resíduos industriais, pois esse tipo de resíduo é normalmente constituído por um só tipo de resina e não apresenta sujeira ou contaminação.

O lixo doméstico é formado por todo tipo de resinas plásticas, uma vez que as embalagens e artigos descartados são produzidos com a resina que mais se ajusta às necessidades específicas de cada produto. Outro elemento complicador para a reciclagem do plástico é o fato de que é muito difícil reconhecer os diferentes tipos de resinas plásticas a olho nu, impossibilitando a separação dos resíduos por leigos. Acrescentem-se a esses fatores o custo muito baixo da matéria-prima virgem e a carga de impostos (que recai em dobro sobre o material a ser reciclado, em comparação com a resina virgem), o que dificulta seu  encaminhamento para reciclagem.

Se você quer reciclar seus plásticos, verifique antes ONDE vai levá-los e SE o local aceita todos os tipos de plástico ou só alguns. Não vale a pena separar todo seu plástico e depois acabar enviando tudo para o lixo normal, não é mesmo?

Plásticos recicláveis:

– todos os tipos de embalagens de xampus, detergentes, refrigerantes e outros produtos domésticos;
– tampas plásticas de recipientes de outros materiais;
– embalagens de plástico de ovos, frutas e legumes;
– utensílios plásticos usados, como canetas esferográficas, escovas de dentes, baldes, artigos de cozinha, etc.

Plásticos não-recicláveis:

– plásticos conhecidos como termofixos, usados na indústria eletro-eletrônica e na produção de alguns computadores, telefones e eletrodomésticos;
– plásticos tipo celofane;
– embalagens plásticas metalizadas, por exemplo, de alguns salgadinhos.

Vidro

O vidro é um material proveniente basicamente de matérias-primas como areia, barrilha, calcário e feldspato. É utilizado para a produção de embalagens, vasilhames, vidros planos lisos (vidro de janelas), cristais, panelas, lâmpadas, miolo de garrafas térmicas e muitos outros artigos.

O vidro apresenta a vantagem de poder ser reutilizado, pois possibilita sua esterilização, com alto grau de segurança. O uso de embalagens de vidro reutilizáveis foi uma prática ambientalmente adequada muito difundida até poucos anos atrás, quando começou a ser substituída pelas embalagens plásticas ou mesmo de vidro, porém descartáveis.

NÃO SÃO RECICLÁVEIS:

– espelhos;
– vidros de janelas;
– vidros de automóveis;
– lâmpadas,
– tubos de televisão e válvulas;
– ampolas de medicamentos,
– cristal;
– vidros temperados planos ou de utensílios domésticos .

Os demais vidros são 100% recicláveis, isto é, os cacos de uma garrafa podem transformar-se em outra garrafa nova igual, sem perda de material.

SÃO RECICLÁVEIS:

Todos os vidros, exceto os descritos acima. Exemplo:

– garrafas de bebida alcoólica e não-alcoólica;
frascos em geral ( molhos, condimentos, remédios, perfumes, produtos de limpeza);
– potes de produtos alimentícios;
– cacos de qualquer dos produtos acima.

Na prática, a reciclagem do vidro é restrita devido ao pouco interesse econômico demonstrado pela indústria vidreira em adquirir os vidros descartados. As exigências para coleta do vidro são muitas (exige-se a armazenagem de um volume muito grande para retirada) e o preço de comercialização é muito baixo.

O desinteresse econômico na coleta de vidros para reciclagem é difícil de ser compreendido, se levarmos em conta que a inclusão do caco na produção reduz sensivelmente os custos , exigindo menor uso de óleo combustível e eletricidade, sem contar as vantagens ambientais da redução da retirada de matérias-primas da natureza, redução na emissão de gases na atmosfera, economia de espaço nos aterros.

Se você quer reciclar seus vidros, tente contatar um catador que passe por sua rua, ou então consulte as nossas listas.

Metais

Os metais são classificados em dois grandes grupos: os ferrosos (basicamente ferro e aço) e os não-ferrosos (alumínio, cobre, chumbo, etc.).

Os metais mais presentes no lixo domiciliar são aqueles utilizados para embalagens de produtos alimentícios e tampas de recipientes de vidro. Em menor quantidade encontram-se outros produtos de uso doméstico, como panelas, esquadrias, restos de equipamentos de cozinha, etc.

As embalagens metálicas de produtos destinados ao consumo doméstico dividem-se em dois tipos principais:

  • Metais de ferro – estão presentes nos enlatados em geral: latas de ervilha, leite condensado, sardinha, pêssego em calda, óleo; latas de aerossóis e outros;
  • Metais não ferrosos – presentes em latas de refrigerantes, alguns desodorantes, creme de barbear e panelas (alumínio), fios eletricos de cobre, equipamentos eletrônicos que contém diferentes metais não ferrosos.

Os metais são os materiais mais fáceis de se encaminhar para reciclagem, pois seu valor de venda e demanda são maiores. Isso se explica pelo alto preço da extração do minério virgem,  custos de transporte e produção, que são maiores que a recuperação de matéria-prima por meio da reciclagem. Por isso, sempre há algum catador interessado em receber seus resíduos metálicos e é fácil encontrar sucateiros que queiram adquiri-los.

Lixo orgânico

A reciclagem tanto pode ser aplicada aos resíduos já citados quanto aos resíduos orgânicos (restos de frutas, legumes, alimentos em geral, folhas , grama, gravetos, etc.), desde que esse lixo seja processado, de maneira a serem transformados em adubo orgânico. Essa transformação chama-se compostagem.

O resultado final da compostagem pode ser adicionado ao solo para melhorar suas características, sem oferecer ameaça para o meio ambiente, como acontece com os adubos químicos. A compostagem de resíduos orgânicos pode vir a ter grande importância na redução do volume do lixo do país, pois a parte orgânica constitui-se habitualmente na maior parcela na composição dos resíduos domiciliares municipais (cerca de 62%, em média) .

É possível reciclar o lixo orgânico em quintais, escolas, empresas e até em apartamentos. O resultado da compostagem é um adubo com grande capacidade de reposição de sais minerais e vitaminas, que certamente vai ajudar suas plantas, jardins e hortas a ficarem mais fortes e bonitos.

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Projeto Maré/ Instituto GÉA - ética e meio ambiente

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